
Nikkeypedia
A evolução da arte marcial aconteceu capitaneada por grandes mestres, que a conduziram e assentaram suas bases, resultando no caratê moderno, cujo trinômio básico de aprendizado repousa em kihon (técnicas básicas), kata (sequência de técnicas, simulando luta com várias aplicações práticas) e kumite (luta propriamente dita, que pode ser simulada, esportiva ou real).
Kihon (基本 ou きほん básico, fundamental?), nas artes marciais japonesas, refere-se normalmente às técnicas básicas, consideradas princípios fundamentais, como o kendo, aikido e karate.
O conteúdo dos treinos são compostos atualmente de repetições das técnicas, reduzidas neste contexto, àqueles movimentos de aprendizado mais natural: as sessões com práticas de kihons permitem até ao praticante inicial de uma arte marcial melhorar a velocidade e a potência de suas técnicas, junto com a correção da respiração, dos movimentos de pés e da postura.
Kumite (組手? encontro de mãos) é um dos componentes do caratê, conjuntamente com o Kihon e o Kata; grosso modo, trata-se da luta, mas no caratê moderno é uma modalidade de competiçào e um componente do treinamento, sendo dividido em algumas modalidades adaptadas à finalidade pedagógica. Nem sempre foi parte das aulas porque os mestres consideravam arriscado praticá-lo sem necessidade real de luta.[1]
Ordinariamente, existem três tipos de treino com luta: jyu kumite (自由組手?), ou combate livre com controle; shiai kumite (試合組手?), combate de competição, semi-livre, com controle extemo dos golpes; e yakusoku kumite (約束組手?), combate combinado.
Kata (型 forma?) é uma sequência de movimentos — técnicas de ataque e defesa — cujo fito é proporcionar ao praticante o apredizado mais aprofundado da arte e, simultaneamente, experiência de luta. Também é conhecido por "balé da morte". Antes do advento do caratê moderno, e da criação de métodos mais básicos e simplificados de transmissão do conhecimento, a arte marcial era ensinada somente pela prática ostensiva de kata.
O kata possui outras facetas além do treinamento físico. Cada forma possui, também, um componenete psicológico, pois prepara o carateca para um combate real, e um componente filosófico, que busca transmitir valores e pensamentos críticos, para avaliar as situações serenamente, situações essas não limitadas a embates físicos.
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Técnicas
- 1 Tachi waza (bases)
- 2 Uke waza (defesas)
- 3 Katame waza (imobilizações)
- 4 Ate e atemi waza (contusões)
- 5 Nage waza (projeções)
Tachi waza (bases) em japonês: 立ち技 é a parte do caratê que estuda a forma de como posicionar pés e pernas em relação ao tronco. Tão importante quanto um golpe é estar bem plantado ao solo, pois nenhum golpe será forte o suficiente se o lutador não estiver estável. Todas as artes marciais tornam mister o estudo das bases; assim como boxe ou chuan fa, o caratê tem uma disciplina de estudo que se ocupa com as bases, que são organizadas segundo altura, a princípio.[1]
Uke Waza ( Defesas do caratê)
Assim como as técnicas de ataque, as de defesa são procedidas nas mesmas áreas: jodan, chudan e guedan. E, conforme o membro utilizado, assim são classificadas as técnicas de defesa.
Em todo e qualquer movimento defensivo o lutador deve executá-lo em movimentos circulares e usar o menor custo de energia possível.[5]
- Ude uke (em japonês: 腕受け): São as defesas em que se empregam mormente o antebraço[6] como área útil. O antebraço possui uma área útil bastante grande e uma resistência natural, que leva até ao iniciante suportar os choques nas lutas/treinamentos.
Imobilizações
Katame waza (Imobilizações) (em japonês: 固め技) são técnicas de imobilização (controlo) do oponente.[1] Isto é, diferente das ate waza, ou técnicas contundentes, que visam provocar um ferimento, ou mágoa numa parte do corpo, por meio de pancadas, chutes ou socos, nas katame waza o desiderato é forçar determinada articulação ou terminação nervosa e, com isso, incapacitar o adversário de se mover ou desferir um contragolpe.
Atemi waza (Pancadas) - (当て身技?) é conjunto de técnicas que são aplicadas num determinado ponto, técnicas traumáticas aplicadas nos pontos vitais: o lutador visa um ponto específico no corpo do adversário, para, quando o atingir, causar não uma lesão mas um desequilíbrio no fluxo de energia — Ki.[1]
* Uchi Waza (打ち技 técnicas de pancadas?) é a parte do caratê que estuda os golpes que são executados com os membros superiores, salvo as mãos em punho e dedos, bem como quando são utilizadas as demais técnicas de posicionamento das mãos, como costas e palmas, ou outros membros: conforme a maneira de empregar o membro em te waza, procede-se uma variação de golpe. Estas técnicas, além do movimento giratório dos quadris, utilizam das demais articulações dos membros, do cúbito, do pulso, do pescoço etc, ou seja, são golpes mais livre e que não seguem uma trajetória estrita.[1]
*Tsuki waza (突き技? técnicas de soco)[a] é a parte do caratê que estuda os golpes diretos com os punhos é, isto é, aqueles golpes — atemi waza — que são aplicados com as mãos numa trajetória mais ou menos direta. À falta de uma tradução melhor, pode-se dizer que são socos aplicados, mas nesta parte veem-se golpes que são aplicados com os dedos.
*Keri waza (蹴り技? ) é o termo pelo qual são designadas as técnicas contundentes aplicadas com pés e pernas, no caratê. Em verdade, o termo keri não se refere a chutes exclusivamente, nem tampouco a ataques; melhor seria traduzi-lo como "pancada com o pé", haja vista que os chutes podem ser usados tanto atacando quanto defendendo (o que realmente acontece com quaisquer técnicas).
Nague Waza (Projeções)
Nage waza (投げ技?) é o conjunto de técnicas de arremesso do caratê, mediante as quais o oponente é atirado ao solo ou desestabilizado de forma peremptória, para ser a luta concluída com um golpe decisivo. Em que pese serem um gênero negligenciado nos estilos modernos de caratê, há em seu repertório várias técnicas.[1]
Sua origem teve muita relação com as habilidades dos samurais, quando lutavam desarmados e, de modo menos marcante, com modalidades de luta mais primitivas no resto do continente asiático, sendo isto que mais vai demonstrar o caratê como patrimônio da cultura nipônica.
Kari waza (rasteiras)
Kuruma waza (giros)
Sutemi waza (sacrifícios)

Linha do tempo das artes marciais

Armas

Defesas
Técnicas Ilustrada e Explicadas,Kime, etc
outras ilustrações
+ imagens Filosofia
+ Filosofia
mais filosofia
Kiai(気合?) é um termo de artes marciais japonesas que se refere à exteriorização da energia corporal, que nasceria desde o baixo ventre, ou saika tanden, localizado aproximadamente cinco centímetros abaixo do umbigo. Partindo-se do exemplo dado pela natureza, a mostrar que todos têm um grito de força, principalmente os grandes felinos, os quais até paralisam suas presas antes de as atacar. A manifestação pode se dar em três momentos: no início de uma atividade; durante sua realização; ou a seu fim. No caratê, é manifestado com um grito proferido na aplicação de um golpe e em determinados momentos, ou kyodos, de um kata.
Formas vetustas
Além dos três kata previamente listados, os estilos tradicionais, que foram a base dos estilos modernos, ainda carregam as primeiras composições dos katas, que também podem ser consideradas primordiais. Ou seja, grosso modo, os koshiki no kata são aqueles oriunos de algumas das três primeiras ramificações do caratê.
- Shuri-te
- Naha-te
- Tomari-te
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